Foi só recentemente que soube da morte / voo mágico de Claudio Rocchi, baixista do primeiro Stormy Six e dono de uma carreira solo, a partir de 1970, dentre as mais prolíficas do progressivo italiano. Já no ano seguinte lança seu capolavoro Volo Magico n. 1, antes, portanto, dos discos seminais da tríade Banco-Le Orme-Premiata. Não se trata de competição mas, enquanto o Le Orme de 1971, o ótimo Collage, ainda oscilava entre o formato canção e as viagens progressivas, Rocchi já estava lá (junto com New Trolls e I Giganti, cumpre lembrar).
Volo Magico n. 1 segue a fórmula cara ao progressivo dos 70: a longa faixa homônima no lado A e algumas canções no lado B. Notáveis, portanto, as semelhanças com outro visionário conterrâneo: o Alan Sorrenti de Aria (1972, sobre quem escrevi aqui), desde a tremenda trip do lado A até o dolcíssimo acústico buona notte da faixa derradeira.
Os 18 minutos do voo mágico começam sem pressa, com um ótimo trabalho de percussão e sua bela voz. Do acústico chega-se ao elétrico, ao acid folk embalado por sabores orientais (o refrão hipnótico Om Hari Om). Quando entra o mellotron e Claudio dialoga com voz feminina (a diferença de timbres é pequena), é pouco provável que o ouvinte tenha ainda pés cabeça whatever presos ao chão. Arrepia tudo, mente, cuore, mani, occhi, braccia, bocca, gambe, nome
C'è sempre tempo per cantare, il cielo, l'acqua, un corpo, tutti
Poi puoi andare dove vuoi, poi puoi essere come vuoi,
Poi puoi stare con chi vuoi, poi puoi prendere o lasciare, poi puoi scegliere di dare
Para os amantes da melhor cena progressiva europeia, item obrigatório.
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