Saturday, June 06, 2015

Nilton Bravo :: Inventário Final Até Agora

Café e Bar Brasília :: Cachambi

Ora publico inventário final até agora da obra de Nilton Bravo espalhada pela cidade (e mais o de São Paulo, claro). Pesquisa orgulhosamente despretensiosa e não-acadêmica, ela não é, no entanto, livre de objetivos. O primeiro deles é, obviamente, organizar o que juntei até o momento, com a ajuda de outro bravo nilton-bravólogo que atende por Rixa Xavier. Outro é chamar a atenção das pessoas, para que me avisem quando se depararem por aí com um quadro de paisagem bucólica, com flamboyants e casinhas e barquinhos à beira d'água, provavelmente coberto de gordura. Outro objetivo, mais pretensioso, é incentivar donos de estabelecimentos a manterem e conservarem e restaurarem os seus Nilton Bravos, patrimônio desta cidade, tão ou mais importante que a Charanga do Bangu. Ressalte-se que alguns dos Bravos aqui registrados foram já retirados dos botecos, o que é de todo lamentável. Suplico: não retirem o painel com o intuito de vendê-lo. Trata-se de uma pintura academicista, que, fora de seu ambiente, não vale sequer o que uma gata enterra. E, por fim, já que falei em patrimônio, o objetivo final consiste em pedir incontinênti o tombamento de todas essas obras, de vez que apenas as duas pinturas do Café e Bar Sulista foram oficialmente tombadas, em nível municipal, em 1986.

Aqui, portanto, reúno uma foto de cada Bravo que encontrei e mais duas dúvidas : o Alfacinha da Cancela, que talvez permaneça dúvida eterna, de vez que já foi lamentavelmente retirado, e o Tia Joana, em Copa, que asseguram ser Bravo, mas eu cá tenho as minhas dúvidas. Se for, será o único em azulejos. Falta ainda registrar a Pizzaria Braz. 

Para fechar, lembremos que um outro Nilton Bravo oficialmente tombado (em 1986) eram dois paineis no Café e Bar Minerva, na Rua Camerino. Tiraram os trabalhos e ficou por isso mesmo, o dono atual responsabilizando o anterior e vice-versa. Lembremos também que o estabelecimento que reunia o maior número do nosso Miguel Ângelo dos pé-sujos, o Bar Arco Teles, um verdadeiro Museu Nilton Bravo que tinha nove paineis, está fechado há quase dez anos. Oxalá os paineis não tenham o mesmo destino do Minerva.

Café e Bar Sulista :: Gamboa


Café e Bar Flor de Coimbra :: Lapa


Bar Jobi ::: Leblon

Bar Ponto da Galera : Fátima
Bar Novo Horizonte ::: Fátima

Bar Canto do Minho :: Grajaú

Bar Flor do Bairro :: Vasco da Gama
Café e Bar Éden : Cinelândia

Café e Bar Éden :: Cinelândia

Café e Bar Itamirim :: Engenho Novo

Café e Bar Itamirim :: Engenho Novo

Açougue e Distribuidora de Carnes Frigokar : Lapa


Bar Bahia ou Beco da Fome : Copacabana

Bar Gurilândia :: Tijuca

Restaurante Adegão Português : São Cristóvão

Restaurante Adegão Português ::: São Cristóvão

Café e Bar Figueira : Lapa
 Café e Bar Balcão Tombado ::: Caju

Bar Pirajá :: Pinheiros, SP

Bar Belmonte : Copacabana
Restaurante Sírio e Libanês : Saara - retirado

Restaurante Sírio e Libanês :: Saara - retirado

Bar 105 Pontes :: Maracanã - retirado
Lanches Alfacinha da Cancela - S. Cristóvão (dúvida) - retirado

Bar Tia Joana - Copacabana (dúvida)

7 comments:

Ivo Korytowski said...

Parabéns pelo louvável trabalho de inventariar os Bravos sobreviventes. O bar do Grajau na verdade chama-se Costa do Minho e fica em Vila Isabel, em frente do antigo zoológico. Recentemente mudou de dono e procurei conscientizá-lo da importância do painel. Você esqueceu de incluir na lista aquele belíssimo e bem conservado naquele bar da dona Margarida, no Cachambi. Tem em algum lugar do seu blog.

A VIDA NUMA GOA said...

Obrigado pelas palavras gentis e pela leitura atenta, Ivo. DE fato, o bar se chama Costa do Minho. É tanto Minho por ali, Roças do Minho, Capricho do Minho, Costa do Minho que acabei confundindo. Mas ali já é Grajaú, disto não abro mão, mesmo porque é a maneira que tenho de ter um Nilton Bravo em meu bairro... Quanto à Dona Margarida, ela é do Café e Bar Rio-Brasília, a primeira foto da série. O quadro é interessantíssimo porque metade foi pintada pelo pai, e a outra pelo filho. Encontraram-se no meio, terminaram juntos.

Ivo Korytowski said...

É verdade, o da Dona Margarida está antes do texto, abrindo a postagem. Distração minha. Enfim temos um inventário completo da obra do Bravo. Será que a esta altura alguém ainda consegue descobrir um novo? (Agora acho que você está esticando demais os limites do seu Grajaú! De qualquer modo, parabéns pela vitória do boteco do seu bairro no Comida di Buteco deste ano, valeu a pena ir até aí provar a moela com jiló!)

Alice Viveiros de Castro said...

sou fá do trabalho dele! Moro desde sempre na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. Descendo a Travessa Santa Margarida chega-se à Siqueira Campos onde ainda existem a Farmácia Lull, uma das mais antigas do Rio e a Padaria Santa Margarida, bem antiga também. O Bar Velha Lisboa ficava bem na esquina da travessa com a Siqueira. Sempre fui fascinada pelo quadro de azulejos com motivos orientais... era a velha Lisboa mesmo, nos tempos de Al Andaluz. Estava lá, assinado e com o telefone: Nilton Bravo. Parece que estava na lista dos tombados mas um povo ignorante comprou o lugar para fazer um albergue tipo pulgueiro e destruíram tudo......agora o prédio está lá. O albergue foi fechado pela Fiscalização Sanitária mas nada vai trazer de volta minhas lembranças de ir comprar 3 maços de Caporal Doradinho para o meu pai e ficar viajando entre sultões e odaliscas....

Anonymous said...

Aprendendo com quem sabe: Evandro e Ivo!

Alice e demais amigos, seria interessante apresentar todo esse inventário e mais as dicas da Alice para um pedido de tombamento dessas preciosidades. O que acham?

Alice, você poderia descrever, por e-mail, todos os que ainda existem pela cidade? Estou à disposição!

Abraços,

Professor Clarindo
AMIGOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL
amigosdopatrimonio@gmail.com
www.facebook.com/amigosdopatrimoniocultural

Unknown said...

Belo trabalho!! Vocês têm interesse em catalogar também as pinturas em tela do Bravo?
Se tiverem interesse, entrem em contato comigo por email.

anacarolina.guahy@gmail.com

Parabéns pela iniciativa!!

Surf Bike Cachaça: Rio a Floripa 2010/2011 said...

Prezado Evandro, gostaria de falar com vc sobre a oportunidade de uma exposição da obra do Nilton Bravo. Meu nome é Rodrigo. E-mail: valente.serra68@gmail.com