A igreja de Santo Antônio de Lisboa situa-se no coração da Vila, a 185 degraus do amor que bate na aorta. Quando o Iguatemi era ainda o campo do América a molecada toda se derramava outeiro abaixo para assistir ao Mecão golear Madureira, São Cristóvão, Olaria, Campo Grande e também XV de Piracicaba e Lagarto pelo placar de um a zero. Eu a tudo invejava das frágeis arquibancadas.
Eu nunca vingara os degraus tantos até hoje de manhã. Teve um ano que minha mãe prometeu e prometeu que nos levaria mas adiava sempre. Como vingança inconsciente e involuntária, certa noite enquanto ela fazia as compras nas Sendas, eu tanto pisei no acelerador namorando a igrejinha iluminada que deu não sei o que de ruim no carro que ficamos depois ali mais três horas. A mãe chorando.
Santo Antônio de Lisboa e de Pádua são o mesmo. Nasceu na terrinha e morreu (novo) na bota. Ao da Vila chamam de Lisboa, claro, que a comunidade purtuguesa aqui não era pequena.
A medalha do frontão traz a data de 1915, o que a tornaria exatamente centenária este ano, mas ela é um pouco mais antiga.
E a festa já não é o que parece ter sido. O que se pode fazer, tampouco há jogos do América aos seus pés...
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