Meninos, eu vi.
Vi Eddie chegar ao palco puxando levemente de uma perna para ser aclamado de pé pela multidão que lotava o teatro.
Vi Eddie já na segunda canção atacar de cover :: "Brain Damage". Eddie levemente ébrio.
Este Eddie toujours ivre, de vin, de poésie, de vertu, e de caipirinha, claro. Eddie livre a tocar o que quer, a eleger o ukelele seu companheiro, a explorar suas não muitas possibilidades como quem decide pintar quadros com uma cor apenas.
Com o instrumento em punho, Eddie desfila seu repertório de ukelele songs, "Can't keep", "Longing to belong", a linda "Without you".
Eddie brinca com o público, apaixonados ambos. Chama Glenn para o palco, meu conhecido Glenn, o vale de Glennfiddich, Glenlivet, Glenmorangie, e juntos tocam "Falling Slowly", para gozo da amada ao lado.
Meninos, eu vi. Vi Eddie, o Messias de Seattle, casar Maurício e Vanessa no palco, chamar a este um deus de voz soturna da terceira galeria (já ia dizendo 'categoria'), aquecer-se numa fogueira fake.
E as canções não param. Todas as do Pearl Jam são boas, mas as melhores são, hoje, as suas :: "Far Behind", "Rise", "Guaranteed", "Society".
Aos poucos ele vai ficando sóbrio, pero sin perder la ternura. Tanto que ainda dá tempo para "You've got to hide your love away".
E para o fecho com "Hard Sun", novamente com Glenn, as luzes se acendem. E o que era para ser um pocket show assume ares de celebração. De missa campal em sol maior, eu diria.
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