Seria no mínimo de mau gosto levantar qualquer suspeita contra o Renaissance, não transcorrido nem um mês do passamento do Michael Dunford.
Não se trata disso. Este é um post antigo, estava nos rascunhos há pouco mais de ano e como vivi circunstância que me fez revisitá-lo, resolvo terminá-lo e publicá-lo.
Janeiro de 2005. Estava eu em um recital de órgão na fabulosa catedral de Strassbourg (sim, aquela que muda de cor e, sim!, aquela imortalizada pela linda música do Focus, com direito a repicar de sinos) quando... de repente... lá para o meio da aprersentação, epa, espera, eu conheço isso! CONHEÇO ISSO, MON DIEU, DE ONDE? Sabe aquela sensação absolutamente torturante de que se tenta lembra que música é e não se consegue? O programa, todo clássico, me informava: "Litanies", de Jehan Alain. Ora, mas nunca tinha ouvido falar nesse sujeito. A música continua, gloriosa, e eu descabelando-me a alma, a vendida e a por vender quando: HA! ISSO É RENAISSANCE!!!!
Dias depois, back in Paris, encontro um CD duplo com a integral para órgão do Jehan Alain. Em casa, a prova dos 9. Pego os Cds do Renaissance, leio encartes de cima abaixo, reviro capas e nada, nem uma referenciazinha....
E aí, plágio? Citação? Intertextualidade? Diálogo? Apropriação?
Não dá para fazer isso com Bach, Brahms, Beethoven, são conhecidos demais, mas um obscuro compositor francês morto na flor da idade na Segunda Guerra...
Tampouco dá para dizer que "não tem nada a ver". Ou, pior, que foi coincidência.
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