Trouxe Os vellos non deben de namorarse de Santiago de Compostela, para onde eu fora estudar galego, de que me tornei eterno defensor.
À época estudante de Psicologia da UERJ, emprestei-o a uma tal de Adriana, com quem tinha afinidades literárias e musicais. Ela tocava violoncelo e na certa eu quis impressioná-la.
Me dei mal: ela não só nunca devolveu o livro como teve a audácia de vendê-lo. Pelo menos assim, numa interpretação perfunctória, o parece.
Minha querida ex-aluna Letícia, aquela para quem cometi este soneto, comprou-o no sebo da Letras da UFRJ e ora me devolve, em mãos, passados 24 anos, 2 meses e 27 dias. Letícia sequer nascida quando a trapalhada se deu.
Os vellos non deben de namorarse, peça do Alfonso Castelao, grande autor e genial desenhista galego que em galego escreveu e desenhou. Emprestei-a jovem e recebo-a velho.
Quero dizer, vello é o cacete, que o que mais faço é enamorar-me. Os xóvenes é que non deben prestar os libros.
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