DESGUARDA
Meu anjo da desguarda me oferece
turfa e fumaça em sua mão esquerda.
Os olhos muito antigos em mim postos.
Não posso, velho, hoje não, que a noite
promete ser de insônias do pequeno.
O serafim pisca o olho
guarda a garrafa sob
os panos de pedra de sua túnica
de onde retira
outra oferta:
um amor, um amor tarja preta
receita controlada
pelos anjos da desguarda.
A que nada respondo.
5 comments:
Eu aceito dos dois placebos!
LuaR
Mas quem disse que é placebo?
Caríssimo Ev, queria exclamar como fiz a respeito do poema anterior, mas seria redundante; queria falar do prosaico-lírico de que tanto gosto nos seus poemas, mas acho que também já disse isso.
A interlocução com esse anjo gauche foi genial. Aliás, o poema todo é genial, Ev.
A imagem do "amor tarja preta" é simplesmente....... Tarjas pretas e seus milagres... Pena que provocam dependência... Pra todo mal uma cura, pra toda cura um mal...
Eu não devia te dizer,
mas essa lua,
mas esse conheque,
mas esse POEMA
me botaram comovida como o diabo.
Beijos.
Placebo é a desculpa para as almas descontente!
LuaR
ops! descontentes!
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