Curioso que pouco se mencione o dado: Olavo Bilac morreu de gripe, de gripe espanhola, longe da velhice, aos 53 anos de idade.
Pedro Nava mais uma vez brilha ao descrever como sua morte o marcou:
"Outra emoção eu curtiria ainda, em Barão de Itapagipe, ao abrir os jornais de 18 de dezembro daquele 1918. Traziam em manchete, JÁ RAIA A MADRUGADA, DÊEM-ME CAFÉ, QUERO ESCREVER. Era a morte de Bilac. O alexandrino perfeito Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac tivera seu fecho de ouro àquele dia nefasto. Acabara a poesia. Só compreendi depois o que senti e porque fiquei olhando tanto tempo a pedreira do Turano. Eu queria esculpir ali que Bilac tinha morrido. Rasgar na rocha, que Bilac tinha morrido. Entendi isto depois, um dia qualquer, consultando a Britânica sobre Tennyson. Lá encontrei escrito: 'The news of Byron's death (April 19, 1824) made a deep impression on him. "It was a day", he said, "when the whole world seemed to be darkened for me"; he went out in the woods and carved "Byron is dead" upon a rock'. Isto, isto mesmo. Ainda que mal comparando..."
PS: Ainda que pior comparando, foi um pouco o que senti quando Drummond morreu, em agosto de 1987 (aqui).
No comments:
Post a Comment