Estive em Catas Altas há 25 anos, pedaço de manhã, suficiente para subir à torre desta que é uma das igrejas setecentistas mineiras mais bonitas, graças à ajuda de um pequeno catas-altense, que se dizia 'nervoso' e tomava remédios.
Eu dava um braço para ter fotos desse menino, hoje um homem na casa dos trinta, para fazer o que fiz em Lobo Leite ano passado (aqui). Isso se ele sobreviveu ao nervoso, espero que sim.
Mas conheci outra 'nervosa', linda, divertida e casmurra ao mesmo tempo, quando precisei de condução para visitar o bicame (a palavra que aprendi).
Munduca levou-me ao bicame com sua neta Yasmin, 25 anos, que matou a aula de música para fazer o passeio. Yasmin tem epilepsia, controlada com sete medicações diárias. Ela disse preferir passear com o avô a ficar o dia inteiro dormindo. Conversamos um bocado, perguntei se ela gostaria de ver o mar, respondeu que não gostava, perguntei como ela não gostava se nunca tinha visto, ela respondeu que gostava só nas fotos.
Ela perguntou de volta por que eu não morava ali, ou em Cocais, aonde fora pela primeira vez. Isso entre um gole e outro de água, que os remédios, diz ela, dão sono e sede
Respondi que, sim, gostava muito de morar ali em Cocais, faltavam apenas uns balanços pro Dante
Respondi que, sim, gostava muito de morar ali em Cocais, faltavam apenas uns balanços pro Dante
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