Não se deve voltar aonde se foi feliz, reza o tão sábio provérbio mexicano. Se são dias de Copa do Mundo, e para ficarmos no México, lembremos que o Brasil voltou em 1986, apenas 16 anos depois da glória de 1970, e caiu melancolicamente diante de uma França que nem era forte como viria a ser.
Sempre segui esse ensinamento à risca. Sempre até voltar um dia a Goiás Velho e gostar, regostar. A Goa voltei no espaço de um ano e inventei que não voltei porque não tinha de fato saído de lá.
Goa dá voltas e voltarei enfim
Que voltar é refúgio de quem vive
Para dizer no aeroporto de Pangim:
Voltar, não volto. Sempre aqui estive
Que voltar é refúgio de quem vive
Para dizer no aeroporto de Pangim:
Voltar, não volto. Sempre aqui estive
Enfim.
É bom ter experiências gastronômicas memoráveis, mas a sabedoria mexicana parece encaixar-se com exatidão aqui. Conheci a famosa sequência de camarão de Florianópolis, da linda Lagoa da Conceição para ser mais preciso, em 1995. Tinha as melhores lembranças: comida deliciosa, fartura, preço baixo, orgia gastronômica a ponto de se deixar belos camarões gordinhos no prato. Isso no tempo em que sequência tinha trema.
Tudo passado. O preço aumentou, o sabor é absolutamente trivial, não há nada de fartura e, pior, o próprio nome sequência deveria ser aposentado, de vez que os camarões hoje chegam à mesa ao mesmo tempo. Depois vem um peixe com molho de camarão miúdo, onde nada presta. Isso tudo na Avenida das Rendeiras e tampouco há rendeiras.
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