Como este ano foi provavelmente o que mais acompanhei o festival Cumida di Buteco (e olha que comecei desconfiado, conforme relatei aqui), tendo visitado mais de dez botequins, de Oswaldo Cruz ao Humaitá, passando por Centro e Tijuca, entrei numas de fazer o meu próprio petisco. Cumpria, naturalmente, seguir a regra do uso da fruta. Cumpria também fazer um petisco, algo que mais despertasse a fome que a exterminasse.
Pensei então na sacanagem, famoso petisco carioca dos anos 60 e 70, que consiste num palitinho com azeitona, palmito, salsicha e queijo. Tem fama de brega, o que acho ótimo. A sacanagem do nome é que às vezes trocava-se o queijo por alho cru. Também atende pelo nome de mexe-mexe.
Um falecido botequim carioca, o Paulistinha, tinha uma sacanagem tão famosa quanto o seu chopp, um dos melhores da cidade.
Na minha sacanagem entraram azeitona, palmito, camarão e manga. Em alguns fizemos com naquinhos de melancia. Os palitos devidamente espetados no repolho coberto por papel laminado.
O nome do prato completo :: "É muita falta de sacanagem (de camarão)" ou "Pô, sacanagem com o camarão".
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