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Venda em Palmeiras-BA |
Na Chapada Diamantina, em Olinda, Recife, Salvador, as dificuldades para encontrar botequins tradicionais são as mesmas do Sudeste. Botequins tradicionais conservados, bien sûr, isto é, que retenham elementos elencados
aqui. Não foi menor a dificuldade em Fortaleza (post
aqui e
aqui).
A tese, portanto, de que a falta de poder econômico acaba causando a conservação treme em suas bases de barro. Assim como a galera entra no crediário das Casas Bahia para comprar aquela tela plana que ocupa toda a parede da sala, o dono de botequim penhora até os fios da barba para substituir o azulejo hidráulico e os cobogós pelas horrendas lajotas brancas que fazem dos botequins enfermarias.
Mas sempre se encontra aquela joia encravada. No Capão o Bar do Capão tem em suas pilastras e paredes externas afrescos do grande pintor local (embora paulista) Salomão Zalcbergas.
Descubro em Palmeiras (Chapada) vetusta venda conservada em formol, em que o forte são os itens de açougue. Em Palmeiras, ainda, no Bar do Lêlê, um vascaíno traz sua paixão no taco.
Em Recife, a Venda do Seu Vital mostra que Poço de Panela é mesmo uma cidade dentro da cidade. Inacreditável.
E em Olinda chove muito no Bar dos Quatro Cantos, reduto do Sport.
E a Bodega de Véio, a uns cinquenta passos, é dos melhores botequins-armazém. Misto de Armazém do Senado, Cardosão, Casa Paladino. Mas com folheto de cordel inda molhado do mimeógrafo. Vale a viagem. E na quinta-feira lota como carnaval.
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Bar do Capão |
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Bar do Capão |
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Bar do Capão |
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Bar do Capão |
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Bar do Lêlê - Palmeiras |
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Venda do Seu Vital |
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Bar dos Quatro Cantos |
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Bar dos Quatro Cantos
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Bodega de Véio (e todas as demais) |
1 comment:
Nem preciso dizer que amei a Bodega do Véio né?
Obrigada pelos lindos garimpos!
Sheila
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