


Hoje recorro sempre ao Pavão Azul, simpaticíssimo boteco situado na Hilário de Gouveia. Perdoem-me, serei ranzinza novamente: antes ninguém conhecia o Pavão, depois que caiu na moda, aparecendo no Rio Botequim e nas Vejinhas da vida, suas pouquíssimas mesas são disputadas a tapas. Como só uso minhas mãos para o amor e para comer pataniscas, procuro o Pavão nas horas off-Broadway, mas aí, outro problema, já que só servem as iguarias a partir das 4:30 da tarde!
O que fazer? Ora, é só sentar lá com meus diletos amigos Flávio e Guta, (que, embora morem ao pé do Pavão, também não o conheciam e só foram fazê-lo graças a mim), habitués do local e amigos da Verinha. Assim muito na moita, ela anui e faz, às escondidas, uma porção especial para a gente, na hora do almoço...
Vera e sua irmã recebem a todos muito bem. Mesmo nas horas de pico, quando você pede a conta, elas perguntam: "Mas já?". Não é em qualquer lugar...
Embora eu morra de ciúmes do Pavão, não me incomodo em dividi-lo aqui com os leitores deste bloguinho. Podem ir na boa, é um pé-sujo de unha feita e, sendo hora de almoço e não havendo Flávio e Guta que intercedam por vocês, peçam o risoto de camarão. É risoto brasileiro, não esperem arroz arboreo ou carnaroli. Mas é bom bagaray...
Se forem, me chamem. E nem pensem em pedir a receita à Vera ou à sua irmã: é segredo guardado em cofre cuja chave foi atirada ao mar de Copacabana.
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