Optei por escolher apenas, como diz o título, os cantautori. Isso explica a ausência de um Mauro Pagani (e seu ótimo homônimo de 1978), de um Giuseppe Banfi, de um Alberto Radius e do Demetrio Stratos, que pertenciam ou pertenceram a bandas (coisinhas bobas como PFM, Biglietto per L'Inferno, Formula 3 e Area, respectivamente) e porque, er, não eram cantautori (singer-songwriter) no sentido estrito. Luciano Basso tampouco o é, mas fez álbum bem progressivo e nunca foi de banda, por isso a inclusão.
Sabemos que um disco de rock progressivo, ainda mais do rock progressivo italiano clássico, demanda uma boa produção, uma banda coesa e azeitada. São esses problemas geralmente encontrados nesses trabalhos, em que amiúde se percebe a falta de uma banda consistente por trás. Não estou dizendo que um bom cantautori não possa fazer um bom, um ótimo disco! Isso seria dizer que Chico Buarque não poderia. Mas me parece que a participação meio que esporádica de um músico aqui, um músico ali (un piccolo aiuto dagli amici) se pode não atrapalhar um disco de canções (e se sente que muitas vezes os discos aqui citados caem nisso, o que é tradição na Bota), pode dificultar a realização de um trabalho progressivo.
Todas as músicas citadas são ótimas. Com o mérito de serem de cantautori, podem sentar-se ao lado de qualquer uma do Banco, do Museo, do Reale. Exagero um pouco? Sim, me permito.
Preludio - Luciano Basso
Fenomenologia -- Battiato
Una Poltrona - Lucio Battisti
La Macchina del Tempo - Pierpaolo Bibbò
Memoria - Enzo Capuano
Corpi di Creta - Riccardo Cocciante
Sognando Rosanna - Gianni D'Errico
Giusto Sig. K - Claudio Fucci
Vent'anni di galera - Mauro Pelosi
Volo Magico 1 (trecho) - Claudio Rocchi
Vorrei Incontrarti - Alan Sorrenti
Ninna Nanna - Stefano testa
Bonus Track:
Sidùn - Fabrizio de André (e Mauro Pagani)
1 comment:
Ótimo post, da pra ver que seu conhecimento do prog italiano é grande
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