esta tarde me sabe a figos frescos
roxos, carnudos, úmidos, sensuais
e se alinho adjetivos como afrescos
de nave de capela abandonada
o desejo na língua se refaz
e neste excesso funda a sua sede
vem-me nua e dize
Tenho sede
sussurra-me a sede por tua pele
faze-me ouvi-la à parede do olvido
e cose-me teu corpo contra a parede
não fique desta tarde vã memória
lembrar é dor, o sêmen, a saliva
o suor formem um silente Letes
que em nossos corpos flua sem história
Esse Ewando anda tão saidinho....
ReplyDeleteBelle de Jour, eu diria!
ReplyDeleteEsta manhã me sabe a chocolate... meio doce...meio amargo...
ReplyDeleteVoltei! PQP, este poema é do balacobaco!
ReplyDeleteMuito sensual e apetitoso seu poema dantesco!
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