ao meu lado Camila lê Neruda
e ele a lê por detrás dos seus sonetos
ambos me furtam a clave do sossego
não há dormir ou ler assim :: a poesia
tão carne viva e mineral palpita
coração do tempo na eternidade
pela janela a sucessão de espaços
árvores luas crianças e pássaros
desenham halo em torno de quem lê
a viagem aqui apenas começa
de tudo me desligo :: sobre a amada
e a poesia fundo a minha cidade
o resto dos dias passarei insone
e nada mais peço à eternidade
coisa linda!
ReplyDelete